Não é a primeira vez que a relação entre obesidade e infecções virais é discutida. Durante a #pandemia do H1N1 em 2009 já houve essa associação da doença de maior gravidade nesses pacientes.
Vem entender um pouquinho no que essa possível relação se baseia:
Obesidade é doença crônica:
Sabemos que a #obesidade é um estado de inflamação crônica o que favorece o surgimento de diversas outras doenças, muito subdiagnosticadas, como: #hipertensão, #diabetes, #tumores ou #doençascardiovasculares.
Inflamação crônica influencia o sistema imunológico:
Há um desequilíbrio na produção de leptina (⬆)e adiponectina (⬇), promovendo um estado pró inflamatório que pode agir diretamente sobre as células imunológicas prejudicando a resposta imune do paciente.
Sistema respiratório alterado no obeso:
- Asma: no obeso há uma menor eficiência na ventilação por diversos fatores. Há mais casos de asma pelo próprio estado pró inflamatório e maior dificuldade no seu controle devido ao maior estresse oxidativo, menor capacidade pulmonar e resposta insatisfatória aos tratamentos.
- Apneia obstrutiva do sono: depósito de gordura contribui para o estreitamento e colapso das vias aéreas superiores durante o sono prejudicando o funcionamento adequado do sistema respiratório com diversas complicações.
- Síndrome da hipoventilação da obesidade (Pickwick): alteração da complacência da caixa torácica e redução da capacidade residual funcional e do volume de reserva funcional desses pacientes promovendo limitação do fluxo respiratório, represamento aéreo e aumento do trabalho ventilatória.
- Dificuldade de intubação/ventilação mecânica: caso o obeso precise de suporte ventilatório, há uma maior dificuldade na execução da intubação e também na ventilação desse paciente.
Por isso mais uma vez reforçamos: obesidade é coisa séria e merece tratamento, prejudica e muito o funcionamento do nosso organismo. E por isso peço mais cuidados de isolamento com esses pacientes pois eles também podem ser um grupo de risco.
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